A desvalorização do algodão na Bolsa de Nova York durante esta semana exerceu pressão sobre os preços no mercado interno brasileiro da fibra

Como resultado, a comercialização doméstica registrou uma queda de atividade, com tradings demonstrando interesse mais significativo para o segundo semestre. Por outro lado, a indústria local trabalhou com demanda ajustada, possivelmente para entrega em um prazo de 30 dias.

Variação de Preços

Na quinta-feira (21), o preço do algodão no CIF de São Paulo foi cotado em torno de R$ 4,22 por libra-peso, representando uma leve redução em comparação à semana anterior, quando estava em R$ 4,25 por libra-peso, o que equivale a uma queda de 0,71%.

No mercado de exportação, no porto de Santos, o algodão encerrou o dia com preços mais baixos, sendo cotado a US$ 81,86 centavos por libra-peso. Em relação ao contrato de maior liquidez (Maio/24) negociado na Ice Futures US, o prêmio pago pela pluma brasileira foi indicado em -10,35 centavos por libra-peso, enquanto na semana anterior estava em -11,03 centavos por libra-peso em relação à ICE US.

Custos de Produção

Conforme o relatório do projeto Acapa-MT, o Custo Operacional Efetivo (COE) do algodão em fevereiro de 2024 para a safra 2024/25 foi projetado em R$ 13.437,20 por hectare, um leve aumento de 0,03% em comparação à estimativa de janeiro de 2024. Esse aumento foi impulsionado pelo custo com macronutrientes, que apresentou uma alta de 1,08% em fevereiro de 2024 em relação a janeiro de 2024.

Entretanto, é destacado que, em comparação com o consolidado da safra 2023/24, o COE registra uma redução de 1,87%, principalmente devido à diminuição anual de 6,95% e 1,70% nos gastos com corretivos de solo e macronutrientes, respectivamente.

Dessa forma, considerando a mesma produtividade da safra 2023/24 (118,28 arroba por hectare), para que o produtor médio possa cobrir as despesas com o COE, é necessário negociar o produto a pelo menos R$ 113,60 por arroba, conforme informações do Imea.