Trens da CPTM e linhas do Metrô circulam normalmente após greve, em São Paulo

Cidades 29/11/2023 07:15

Linhas de trem e metrô administradas pelo governo tiveram paralisação parcial na terça-feira (28). Categoria protestou contra as propostas de privatização de serviços públicos.

Os trens da CPTM e as linhas de metrô iniciaram as operações funcionando normalmente, nesta quarta-feira (29). Às 4h40, todas as linhas operadas pelas iniciativas pública e privada estavam circulando normalmente, de acordo com as empresas.

Na terça-feira (28), as linhas públicas do Metrô de São Paulo e da CPTM tiveram o funcionamento alterado por causa da greve do transporte público por trilhos.

No Metrô, apenas a linha 15-Prata ficou totalmente fora de operação. Já as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionaram parcialmente, assim como as linhas 7- Rubi, 10- Turquesa e 11-Coral, da CPTM.

As estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, concedidas à iniciativa privada, operaram integralmente. Além disso, as linhas 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, também circularam na terça.

Greve

A paralisação no transporte público de trilhos desta terça-feira foi a quarta neste ano. Em 23 de março e em 3 de outubro, todas as estações das linhas gerenciadas pelo Metrô ficaram fechadas.

Em 12 de outubro, uma greve surpresa também atingiu todas as estações das linhas 1, 2, 3 e 15, mas por um tempo reduzido: duas horas.

Além de metroviários e ferroviários, funcionários da Sabesp e professores da rede estadual também cruzaram os braços na terça. A paralisação unificada ocorre em protesto contra as propostas de privatização da gestão do governo estadual.

Apesar da greve e das manifestações em frente à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp), o presidente da Casa, André do Prado (PL), colocou o projeto de privatização da Sabesp na pauta de votação.

Deputados do PT e do PSOL apresentaram emendas e, com isso, o projeto não pode ser votado imediatamente.

Em um acordo entre aliados do governo e oposição, ficou acertado que a discussão em plenário será retomada na semana que vem.

Tarcísio afirmou, em pronunciamento na manhã de terça-feira, que as propostas de privatização não vão parar por conta de protestos.

 

O que pedem os grevistas

De acordo com os sindicalistas, foram propostas ao governo três alternativas à greve, todas negadas:

  • suspender a tramitação do projeto de privatização da Sabesp;
  • plebiscito para população votar sobre o tema;
  • catraca livre.

Justiça também se manifestou contrariamente à liberação de catracas devido ao alto risco de tumultos e acidentes graves nas estações.

O que diz o governo

O governo alega que liberar as catracas traria insegurança por excesso de passageiros; suspender a tramitação do processo de privatização da Sabesp está fora de cogitação; o plebiscito foi feito na urna, na eleição de Tarcísio.

A gestão estadual diz ainda que vai punir individualmente os funcionários que não comparecerem ao trabalho, depois de processo administrativo.


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