Operação apura possível comercialização de medicamentos para emagrecimento sem autorização da Vigilância Sanitária e da Anvisa

 

A Polícia Civil de Mato Grosso, em ação conjunta com o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e a Vigilância Sanitária Municipal de Barra do Garças, deflagrou na manhã desta quinta-feira (23.10) a Operação Jaleco, com foco na investigação do exercício ilegal da medicina e na repressão à venda irregular de medicamentos.

A operação foi motivada por um ofício do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, que solicitou apuração sobre a possível comercialização de medicamentos para emagrecimento sem a devida autorização da Vigilância Sanitária e da Anvisa, em clínicas e consultórios do município.

De acordo com o médico fiscal do CRM-MT, Fleury Marinho, as inspeções têm caráter preventivo e visam garantir a segurança dos pacientes. “Por enquanto, as clínicas que foram fiscalizadas não geraram termo de interdição, mas foram identificadas algumas infrações importantes. Algumas apresentavam medicações vencidas e ausência de equipamentos básicos exigidos em casos de intercorrências médicas”, explicou.

O médico destacou que a ausência de itens como desfibrilador externo, ambu (máscara de ventilação), oxigênio e adrenalina compromete o atendimento de emergências, como uma parada cardíaca. “É importante que a população saiba o tipo de clínica e de profissional que está procurando, pois infelizmente algumas delas não oferecem suporte adequado”, alertou Fleury.

As equipes estão realizando fiscalizações simultâneas em diversos pontos da cidade, verificando tanto a estrutura física quanto a documentação exigida para funcionamento. Segundo Fleury Marinho, cerca de 13 clínicas estão na programação inicial, mas o número pode aumentar conforme novas suspeitas sejam identificadas durante o dia.

A Operação Jaleco segue em andamento, e novas informações poderão ser divulgadas após a conclusão das vistorias.

Durante o dia, equipes formadas por agentes da Polícia Civil, fiscais sanitários e representantes do CRM realizaram inspeções em diferentes pontos da cidade, analisando a documentação dos estabelecimentos, as condições estruturais e o armazenamento de medicamentos. O objetivo foi identificar práticas irregulares, evitar a venda de substâncias sem prescrição e garantir a segurança da população.