O homem que destruiu o relógio histórico que ficava exposto no Palácio do Planalto, em Brasília, durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 foi condenado a 17 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Antônio Cláudio Alves Ferreira foi gravado pelas câmeras de segurança do Planalto destruindo a obra histórica, trazida ao Brasil por Dom João VI em 1808, quando o Brasil ainda era colônia da monarquia portuguesa.
O relógio é feito de casco de tartaruga e com um tipo de bronze que não é fabricado há dezenas de anos. No começo de 2024, a peça foi enviada para restauração na Suíça.
O ministro Alexandre de Moraes propôs uma pena de 17 anos de prisão e foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Carmen Lúcia.
Durante o interrogatório, Antônio Ferreira confessou que quebrou um vidro para entrar no Palácio do Planalto e disse que "em razão da reação dos órgãos de segurança, resolveu danificar o relógio histórico e rasgar uma poltrona, os quais estavam na parte interna do prédio e, após, jogou um extintor nas câmeras".
O Supremo Tribunal Federal já condenou 224 pessoas pelos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.