Cientistas, incluindo pesquisadores de Bath, criaram 100 usos propostos para os robôs.
Cientistas reprogramaram um aspirador de pó robô para ajudar a carregar um telefone e auxiliar em um treino em casa porque acham que as máquinas estão atualmente muito "ociosas".
Pesquisadores da Universidade de Bath dizem que os eletrodomésticos cada vez mais populares estão, em média, em uso por menos de duas horas por dia, mas poderiam estar trabalhando consideravelmente mais - com algumas modificações.
Para provar seu ponto, eles treinaram novamente um dispositivo Roomba para realizar uma série de outras tarefas e descreveram muitas outras tarefas possíveis que ele poderia fazer, como brincar com um gato e regar as plantas.
Tais robôs "são percebidos como dispositivos limitados e de tarefa única, mas há um forte argumento de que eles são subutilizados para tarefas práticas", disse Yoshiaki Shiokawa, autor do estudo.
O mercado global de robôs domésticos foi avaliado em US$ 10,3 bilhões (€7,7 bilhões) em 2023 e deve atingir US$ 24,5 bilhões até 2028, o que significa que esses dispositivos são cada vez mais comuns nas casas das pessoas.
Qualquer pessoa que tenha visto um aspirador de pó robô em ação pode argumentar que essas ideias são um pouco descabidas, dado que as máquinas atuais às vezes lutam com os desafios apresentados por tapetes e cadarços ao realizar sua função principal.
No entanto, cientistas da Universidade de Bath e da Universidade de Calgary, no Canadá, propuseram-se a provar que aspiradores - e dispositivos semelhantes, como cortadores de grama - poderiam ser reprogramados e modificados com relativa facilidade.
Seu estudo identificou 100 funções que os robôs poderiam possivelmente desempenhar com ajustes simples.
Os cientistas então reprogramaram um aspirador de pó robô Roomba para realizar quatro deles:
- Um carregador de celular conectado ao aspirador programado para seguir o usuário
- Um robô com um projetor conectado que exibia um vídeo de treino em uma parede ou teto
- Um "monitor doméstico" com vídeo ao vivo para que o usuário pudesse verificar o forno
- Uma tela mostrando "não perturbe" em um robô que foi programado para ir a um local específico, para ajudar a minimizar possíveis interrupções
Outras tarefas propostas pelos cientistas incluem um robô reprogramado que levava a compra do carro para a cozinha.
Shiokawa, estudante de doutorado no departamento de ciência da computação em Bath, disse que o projeto provou que "depois de fazer ajustes mínimos, um Roomba pode desempenhar vários papéis em casa".
"Na maior parte do dia, eles ficam ociosos", lamentou.
Ele acrescentou que a realização de algumas novas tarefas envolveu algumas atualizações que o proprietário médio de um aspirador provavelmente não teria em suas casas, como um carrinho, um capacete e um braço robótico.
No entanto, ele disse que as pessoas deveriam esperar mais de seus robôs.
"Devemos estender sua utilidade além de suas tarefas principais, programando-os para navegar fisicamente pela casa para realizar uma série de funções adicionais", disse ele.
A coautora do estudo, Dra. Adwait Sharma, concordou, dizendo que o "tempo ocioso" do dispositivo apresentou "oportunidades únicas" para atender à "crescente necessidade de robôs adaptáveis e sistemas integrados que possam se encaixar perfeitamente em nossas vidas diárias".