A rede de supermercados diz que está trabalhando com seus fornecedores para reabastecer as prateleiras após um ataque cibernético.

Os clientes da Co-op devem ver os estoques nas prateleiras voltarem aos níveis mais normais neste fim de semana, disse a empresa, depois de anunciar que estava ativando novamente seu sistema de pedidos online para fornecedores após um ataque cibernético. A invasão resultou em problemas de pagamento, escassez generalizada de mercadorias nas lojas e comprometimento de dados de clientes e funcionários. Os hackers, que usam o nome DragonForce, também afirmam ser responsáveis por um ataque semelhante ao Marks and Spencer (M&S) e por uma tentativa de hack do Harrods no início deste mês. A Co-op disse que estava trazendo seus sistemas "gradualmente de volta à operação de forma segura e controlada". No início deste mês, criminosos cibernéticos se infiltraram nas redes de TI da Co-op, aparentemente tentando extorquir dinheiro da rede de supermercados. A empresa decidiu limitar o impacto do ataque fechando alguns sistemas de TI, incluindo partes de sua cadeia de suprimentos e operações de logística, resultando em enorme interrupção nas entregas. Os compradores compartilharam imagens de prateleiras e geladeiras vazias nas lojas - o que foi um problema específico em comunidades isoladas, onde o varejista pode ser a única grande loja de alimentos. A Co-op diz que isso deve melhorar nos próximos dias nas lojas e online, à medida que trabalha com seus fornecedores para reabastecer. Ela diz que todos os sistemas de pagamento, incluindo pagamentos por contato, estão funcionando novamente. Em um comunicado, a empresa agradeceu a "colegas, membros, parceiros e fornecedores por seu apoio até agora". O efeito a longo prazo do ataque deverá ser "significativo", diz a Dra. Harjinder Lallie, professora de segurança cibernética da Universidade de Warwick. "A confiança pública nos serviços online provavelmente será prejudicada, com os clientes se tornando mais cautelosos ao compartilhar informações pessoais e financeiras", disse ela à BBC News. A invasão é um lembrete para a indústria de varejo de que sistemas de TI mais complicados e ataques avançados significam que "o investimento proativo em resiliência não é mais opcional - é essencial", acrescentou.