Segundo o delegado, uma operação conjunta foi montada envolvendo a Polícia Civil, Polícia Militar e a PRF. "Nós nos deslocamos até a residência. A PRF já estava no local, e a Polícia Militar também estava presente. A PRF deu cumprimento ao mandado", explicou a autoridade policial.
Confissão e pagamento de R$ 500
Em conversa informal com os policiais, antes de ser formalmente ouvido na delegacia, Vitor Hugo admitiu ter pilotado a motocicleta durante o crime e confessou ter recebido R$ 500 um dia após a execução.
De acordo com o relato do preso, Raylton teria o procurado um dia antes do crime, por volta das 3h30, juntamente com outra pessoa, para "fazer uma missão". O suspeito alega que não sabia do que se tratava.
"Ele falou para mim que realmente o Raylton passou lá na casa dele um dia antes, mas ele não sabia que missão seria essa. E aconteceu o que aconteceu", relatou o delegado.
Versão questionada pela polícia
A versão apresentada pelo suspeito é vista com reservas pela polícia. Questionado sobre a estranheza do relato — já que Vitor Hugo teria saído de casa de madrugada, encontrado Raylton, pilotado a moto e reduzido a velocidade para que o executor atirasse, sem suspeitar de nada —, o delegado afirmou ter feito o mesmo questionamento ao preso. "Foi o que eu perguntei para ele", disse a autoridade, que considera ter identificado autor, partícipe e motivação do crime.
Investigação sobre familiares
Quanto ao pai do policial envolvido, o delegado informou que, até o momento, não há nenhum elemento que o ligue ao homicídio. As investigações em relação a ele se concentram apenas em verificar se ajudou a ocultar algum objeto relacionado ao crime.
A esposa do PM também permanece isenta de participação direta no assassinato, segundo as investigações atuais. "Pode ser conivente em relação ao que o marido fazia, mas participação direta, até o momento, está isenta", afirmou o delegado.
Fuga após o crime
Após o homicídio, segundo Vitor Hugo relatou informalmente, ele teria deixado Raylton aproximadamente três quadras de distância, para que o policial retornasse a pé.
O delegado considera o caso 90% esclarecido, faltando apenas o depoimento formal do suspeito na delegacia. "Eu só perguntei para ele: foi você? Ele falou: foi. Foi eu que pilotei", resumiu a autoridade policial, que pretende aprofundar o interrogatório com perguntas sobre a rota de fuga e outros detalhes da operação criminosa.
A Polícia Civil continua as investigações para esclarecer todos os aspectos do crime.