O projeto de lei de endurecimento na fiscalização dos presídios foi aprovado pela Assembleia Legislativa
Os chamados “mercadinhos” dentro das unidades prisionais de Mato Grosso foram classificados como desnecessários pelo governador Mauro Mendes (União), que afirmou que só criarão problemas. O projeto de lei de endurecimento na fiscalização dos presídios foi aprovado na semana passada pela Assembleia Legislativa, mantendo a iniciativa, mesmo diante da defesa do Executivo de que não havia necessidade, tendo em vista que o governo provém os itens necessários aos presos.
A medida foi tomada após reunião entre os parlamentares, o desembargador Orlando Perri, o corregedor-geral de Justiça, Tiago Damasceno, e integrantes do governo, na quarta-feira (8).
Mauro não confirmou que irá vetar o projeto aprovado no Legislativo, mas disse que irá analisar.
“A opinião minha e a do Executivo é que é desnecessário esse mercadinho, que só complica a própria operacionalidade do sistema de segurança pública. […] Vai criar problema para a gente ficar administrando problema depois. Nós já temos problemas demais, não precisamos criar problemas para ficar resolvendo não. Isso aí só vai dar confusão, como deu até hoje”. […] Vou analisar lá ainda”.
Mendes ainda citou a declaração de um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho no Estado, Sandro da Silva Ribeiro, conhecido como ‘Sandro Louco’, que admitiu que lucrava até R$ 70 mil mensais com as revendas do mercadinho que funciona na Penitenciária Central do Estado (PCE).
“Se você tiver um mercadinho que funciona, o Sandro Louco declarou que ganha R$ 70 mil por mês. O chefe da facção criminosa declarou em depoimento que ganhava R$ 70 mil por mês”, disse.