Cirurgia vascular é aliada do tratamento de cânceres: entenda melhor

Saúde Saúde 28/05/2025 15:02 www.cnnbrasil.com.br

Intervenções vasculares de resconstrução de grandes vasos exigem precisão e trabalho em equipe para garantir segurança em cirurgias oncológicas complexas

A cirurgia vascular tem papel estratégico no tratamento de cânceres que comprometem estruturas vasculares importantes, como a aorta, veia cava, artérias ilíacas e vasos viscerais. Nesses casos, é fundamental remover o tumor e, ao mesmo tempo, garantir que a irrigação sanguínea da região seja preservada. A ressecção vascular pode ser necessária em:

  • tumores renais que invadem a veia cava;
  • tumores ginecológicos ou urológicos avançados que comprometem as artérias ilíacas;
  • neoplasias hepáticas ou pancreáticas que envolvem vasos viscerais;
  • casos raros de tumores que atingem diretamente a aorta.

Reconstrução e restabelecimento do fluxo

Após a retirada do segmento comprometido, o restabelecimento da circulação é feito por meio de técnicas como:

  • anastomose direta: reconexão das extremidades do vaso, quando a retirada é pequena;
  • enxertos: usados quando a ressecção é extensa, podendo ser veias autólogas ou próteses sintéticas.

A escolha depende da localização, extensão do tumor e condições clínicas do paciente. Essas decisões são tomadas por uma equipe multidisciplinar, com o cirurgião vascular atuando em sintonia com oncologistas, cirurgiões gerais, urologistas, ginecologistas e anestesistas.

Desafios e importância da abordagem em equipe

Além da complexidade técnica, o controle do sangramento e a garantia de perfusão adequada são aspectos críticos. A interrupção do fluxo sanguíneo pode comprometer a função de órgãos vitais e aumentar riscos intraoperatórios. Por isso, o sucesso depende não apenas da habilidade individual, mas da sincronia entre especialidades.

A atuação do cirurgião vascular em oncologia é essencial para que intervenções de alta complexidade possam ser feitas com segurança. Mais do que remover tumores, é preciso manter a funcionalidade dos tecidos e a vida do paciente em risco mínimo.

*Texto escrito pela cirurgiã vascular Andréa Klepacz (CREMESP 128.575 / RQE 51419), membro da Brazil Health


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